sábado, 27 de março de 2010

Mercado livre??!!!??!!



Sábado estava me distraindo na Internet. Li alguns e-mails, principalmente as mensagens de Padre Pio. Estou sem muita paciência para abrir todos... Confesso! No entanto, algo me chamou a atenção, um anúncio dizia: “Encontre o amor da sua vida, a partir de R$ 69,00”. Entrei em “estado de choque” por cinco minutos. Logo pensei: ‘Da para comprar isso também?’ Nossa!
Com o avanço da tecnologia, a ciência já nos trouxe tantos benefícios que pensávamos ser impossível para o homem... Podemos ter filhos, fora o método tradicional, comprar de tudo pela rede, sem sair de casa, ou outras coisas simples e maravilhosas, como estar próximo de amigos que moram longe, como, por exemplo, na África (saudades da Aline, minha AMIGA e de toda a Família Feliz). Mas comprar relacionamento? Comprar amor?
Pensei que o amor fosse gratuito, ofertado, descoberto, cultivado e tantas outras formas e maneiras... E como nos ensinou Pe. Fábio, que amor, relacionamento requer tempo, necessita conhecer... Com isso, me dei conta, que o neoliberalismo “prendeu” até este sentimento, tornando-o mercadoria! Hoje, já podemos comprar um relacionamento!(?)...
Não quero criar polêmica e nem me tornar um “Arnaldo Jabor” (quanta pretensão... Eu não a tenho, sendo sincera ao extremo). Talvez seja esta a solução da modernidade, a era das facilidades, pois deve ser mais fácil comprar, porque ‘sendo seu’ não implica ou requer tantos cuidados, nem riscos de se revelar ao conhecimento para gostar e deixar ser gostado... Como era com os nossos brinquedos, na infância, brincávamos da forma que bem entendesse, do nosso jeito, e se pintasse o cansaço jogávamos num canto ou pedíamos para comprar um novo...
Aiiii... Achei isso tão frio, tão vazio e sem romantismo! Como não conhecer, criar vínculos, descobrir se existem mais sentimentos do que amizade?
Tudo bem! Já ouvimos muitos casos de casamento que deram certo através dos relacionamentos virtuais e até dessas empresas de relacionamento, porém, particularmente, penso que isso é tão vazio, pois não dá para comprar amor. Não faz parte da sua lógica! Não quero julgar, porque odeio hipocrisia, os falsos padrões morais, mas engana-se quem acredita que pode adquirir um verdadeiro amor assim. E não estou entrando na questão da discussão do amor real com o ideal, já passei da fase do “príncipe encantado”. Amor nasce da amizade, do conhecimento, da convivência, do esforço de conhecer e deixar se conhecer. É conhecer o que há de bom e de pior no outro e mesmo assim gostar dela...
Eu não sou nenhuma “expert” no assunto, mas não me engano! Dentro de mim há uma grande necessidade e vontade de amar e ser amada, de partilhar vida, de criar vínculos, parcerias e tantas coisas maravilhosas que o relacionamento afetivo pode proporcionar. Mas sei que tudo isso não nasce na contramão da convivência e da gratuidade. E aí está a riqueza!
Muito me entristece observar e conviver com jovens e adultos que querem de ‘primeira’ viver os frutos de uma intimidade adquirida ao longo do amadurecimento de um relacionamento, e não é só de sexo que estou dizendo. Falo do vazio da frase ‘eu te amo’, tão banalizada, e de pessoas frustradas querendo buscar no outro o que faltam dentro de si mesmas. Querem cessar a carência de amor próprio jogando para o outro a responsabilidade de amar. Daí, a outra pessoa é culpabilizada por não proporcional algo impossível de alcançar e oferecer. O mundo ta cheio de pessoas assim...
Não tenha medo de viver o tempo da descoberta... Crie! Não compre... É impossível mercantilizar o amor.
O que quero e sonho para a minha vida, desejo que aconteça na sua vida também! E o meu desejo é ser feliz a cada dia, descobrindo e conquistando os meus objetivos!
Que possamos ser presenteados com a alegria do amor!
Bjos!
Li...

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